É só hoje e amanhã: Flizo 2015 meteórica encerra nesse sábado
A Festa Literária da Zona Oeste em sua terceira edição terá os menores números da sua existência. Projetada para acontecer em três meses e apresentar diversas atrações o projeto não chegou intacto a sua terceira edição. O evento foi aberto na segunda feira (19-10), no Teatro do Colégio Pedro II, com a presença do Secretário Municipal de Cultura Marcelo Calero, que assistiu a apresentação do Grupo Musical Chorões do Pedro II e conversou com produtores culturais parceiros do município. Hoje, sexta-feira (23-10), a programação segue no Espaço Cultural Arlindo Cruz, na Rua Marechal Joaquim Inácio s/n, com a realização de oficinas e formação de Mesas de Debates. Amanhã, sábado, no mesmo local, a programação se repetirá marcando o encerramento da Flizo 2015, bem diferente do primeiro ano quando contou com mais de cem artistas, escritores e grupos culturais, durantes mais de trinta dias, num período de três meses.
Na sua terceira versão as atrações foram limitadas a alguns debates, algumas oficinas e um concurso literário. Escritores, artistas e poetas da região opinam que, talvez, por isso, pela falta de apoio, de recursos, o evento se limitou a Realengo, caso contrário, voltaria para os palcos e atores da Barra da Tijuca.
Nesse momento em que o Secretário de Cultura desfila pela Zona Oeste apresentando diversos programas de sua pasta e prometendo investimento na cultura local, na contra mão, ele diminuiu a Flizo, que na 2ª versão 2014 já tinha sofrido uma baita descaracterização – muitos personagens e cenários da primeira versão foram substituídos por entes estranhos à região de Santa Cruz, Campo Grande, Bangu e Realengo-, motivo do projeto. Dessa forma, o público e os entes culturais da região não tem o reconhecimento nem as oportunidades que esperam e ainda tem que assistir produtores culturais locais, parceiros da prefeitura, representá-los.
Ao guerreiro Binho Cultura, embaixador da Vila Aliança, idealizador da Flizo, eles mandam votos que continue sua luta com a certeza de que entendem as dificuldades enfrentadas por quem defende a periferia.
Para ilustrar o chororô, acusam a falta da historiadora professora Marta Nogueira, fundadora do Centro de Memória de Realengo e Padre Miguel nos debates, principalmente porque o Bairro de Realengo foi homenageado e teve seus 200 anos de história relembrados.
Quanto a Flizo 2016, os produtores culturais da Zona Oeste, em particular de Campo Grande, estão torcendo pela recuperação e reordenamento do projeto.