Enfim vai sair o Parque Realengo, área de lazer com soluções para um amplo desenvolvimento regional
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Com um atraso de quase 20 anos um prefeito teve a coragem de acabar com uma “discussão” que mantinha a população de Realengo e seu entorno refém de ideologias políticas e sociais defendidas por um pequeno grupo de ativistas políticos e ambientais que procurava manter suas convicções pessoais em detrimento do bem comum.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou neste sábado (03/09) o início das obras do Parque Realengo, o primeiro em área urbana na região. Com 80.568 m², ele é uma das metas do Planejamento Estratégico da Prefeitura do Rio até 2024 e uma antiga reivindicação dos moradores. A iniciativa ocorre por meio da Fundação Parques e Jardins, e o investimento é de aproximadamente R$ 72 milhões.
– Já temos uma experiência muito bem sucedida na cidade, e nosso propósito é deixar o Parque Madureira com inveja. Aqui temos a questão ambiental, a preservação, mas também ocorre algo essencial, que é um espaço para a população utilizar, fazer uso intensivo do parque. Que ele seja um ponto de referência, onde as crianças possam brincar, os velhos possam vir, os casais tenham onde namorar. A gente quer elevar o padrão de qualidade na cidade e não só na Zona Sul, porque isso melhora a autoestima, qualifica o entorno. Esse é um presente para os moradores. Participem, atuem e acompanhem – disse o prefeito Eduardo Paes.
Essa será a maior área de lazer no entorno de Realengo. O parque foi desenvolvido para promover a integração da natureza com o bairro e com toda a Região Metropolitana, considerando a proximidade com a Transolímpica. O projeto usa estruturas inspiradas em referências internacionais como o Gardens By The Bay, de Cingapura, apontado como o jardim mais visitado no mundo. Além de adaptar a mata atlântica ao conceito de super árvores, o Parque Realengo também apresenta inéditas soluções para adaptar a cidade aos desafios das mudanças climáticas, como ilhas de calor e inundações.
O Parque Realengo marcará toda a região, que ganha um símbolo único: cinco torres, de 17, 25 e 40 metros, rodeadas e cobertas parcialmente de vegetação. Entre elas haverá passarelas elevadas para que os visitantes possam caminhar. No nível do solo haverá um espelho de água com jardins aquáticos. Para minimizar o calor da região, umas das mais quentes da cidade, as torres vão aspergir vapor de água nos visitantes.
Permeando o parque haverá biovaletas, numa área de 7.209m², com jardins e vegetação para a captação da água da chuva. Isso vai evitar que em dias de temporal o parque e seu entorno alaguem. A água ficará armazenada até ser direcionada ao sistema de drenagem da cidade.
O Parque Realengo ficará na esquina das ruas General Raposo e Carlos Venceslau e sua construção só está sendo possível após a desapropriação de parte de um terreno do Exército.
– Nossa ideia era fazer um projeto que trouxesse para Realengo um marco no Rio de Janeiro, na Zona Oeste e também na Região Metropolitana. O sonho era que as pessoas pudessem vir tirar fotos de formatura, de casamento. Aqui em Realengo, Zona Oeste raiz, um lugar de ilha de calor, a gente queria trazer soluções que no mundo inteiro são pensadas como opções de futuro. A gente queria que o futuro chegasse agora em Realengo, e esse projeto foi pensado desse jeito, com soluções para drenagem, calor e também muita área de lazer. É um verdadeiro parque urbano – disse o subsecretário de meio ambiente, Lucas Padilha.
Bosque, horta e pomar para a população
O Parque Realengo terá sete acessos para a população e um bosque com 11.200 m², com plantio de espécies nativas da Mata Atlântica. Os visitantes poderão apreciar uma horta e um pomar, que farão parte da área produtiva, onde os moradores terão oportunidades de aprendizado de manejo com a terra e o alimento.
Também haverá um ecoponto para recolhimento e triagem de todos os resíduos sólidos do parque. Serão dois contêineres, com separação de lixo para reciclagem e uma composteira destinada ao recebimento e compostagem do lixo orgânico.
Churrasco, esporte e lazer para todas as idades
Os visitantes terão um espaço de 3.500 m² com oito núcleos de churrasqueiras, com mesas e bancos. As crianças poderão se divertir em três grandes áreas, setorizadas por idades – uma para bebês e crianças até dois anos, outra para maiores de dois anos e uma terceira área infantil aquática.
A prática esportiva também será outro atrativo. A população poderá aproveitar uma área com um campo de futebol, duas quadras poliesportivas, uma quadra de basquete 3×3, um skate park e um muro de escalada.
Estímulo ao comércio local
O parque terá um local para organizar o comércio existente na esquina das ruas Pedro Gomes e General Raposo. A área de 880m² poderá abrigar até 20 lojas de 15m² cada. Haverá também um mercado interno, num espaço multiuso de 576m² que poderá receber feiras e eventos, entre outras atividades.
Também será construído um mercado, com capacidade para 11 lojas de 9m².
Espaços culturais
O Parque Realengo contará ainda com uma área cultural. As ruínas existentes no local serão preservadas, e um percurso metálico vai integrar essa área a um novo espaço cultural que será construído.
Parque Madureira é um exemplo para a região
A previsão é de que o Parque Realengo beneficie moradores de outros bairros da Zona Oeste, como Padre Miguel e Bangu, e de toda a Região Metropolitana. Assim como aconteceu com o Parque Madureira, que atrai visitantes de toda a cidade. Em 2012, a Prefeitura entregou o Parque Madureira Mestre Monarco aos cariocas e transformou o bairro. É o terceiro maior parque da cidade. São 450 mil metros quadrados com uma ampla estrutura de lazer, quadras para a prática de esportes como bocha e skate, ciclovias, bosques e riacho.
O Parque Madureira conta também com a Praça do Conhecimento e a Praça do Samba. Em 2015 ele foi ampliado e ganhou um circuito de bike para ciclistas, além de uma nova pista para BMX, patins, patinete e skate para iniciantes.