Filha da Zona Oeste mostra o Zica Vírus para o mundo

Fernanda Tovar-Moll, professora de medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro e fundadora do Instituto de Pesquisa e Ensino D’or é filha de Campo Grande onde começou seus estudos no Colégio Nossa Senhora do Rosário. Ela acaba de publicar na revista científica Radiology seu trabalho científico demonstrando que o vírus da Zica não somente causa Microcefalia, que em casos de gestantes infectadas, apesar do tamanho normal da cabeça dos recém-nascidos, eles devem ser investigados, pois pode ter havido alterações cerebrais importantes. Fernanda Tovar coordenou o trabalho junto a vários pesquisadores nacionais e internacionais e pode apresentar ao mundo acadêmico a primeira experiência radiológica das lesões cerebrais. O New York Times, o washinton Post e o Globo, mostraram com detalhes o acontecimento. Segundo a revista Radiology, essa foi a publicação que obteve o maior índice de repercussão na internet, contabilizando mais de treze mil downloads por dia.
A partir desse trabalho os radiologistas vivem a expectativa de saber o que podem ver antes do nascimento e pos-natal.

“Muito tem sido escrito recentemente sobre vírus de Zika na gravidez e o aumento do risco de microcefalia em fetos expostos ao vírus. O surto de infecção no Brasil, especialmente na parte nordeste do país, tem sido uma preocupação especial. O vírus foi encontrado nos fluidos de mulheres grávidas e durante a autópsia nos cérebros de recém-nascidos com microcefalia. Grande parte da preocupação nos meios de comunicação sobre a teratogenicidade da infecção pelo vírus Zika tem-se centrado em resultados cerebrais de microcefalia. No entanto, conforme documentado em muitas séries de casos, há uma variedade de anomalias do cérebro que pode ser encontrado em fetos expostos à infecção intra-uterina vírus Zika. Estes incluem anormalidades no tamanho ventricular, perda de volume de substância cinzenta e branca, anormalidades do tronco encefálico, e calcificações”, explicou a cientista.

Embora o surto atual tem-se centrado no Brasil, de acordo com os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças, existem atualmente 51 países ou territórios em que a transmissão ativa do vírus Zika foi relatada.  É importante que os radiologistas para compreender o tipo de anomalias associadas com a infecção congênita vírus Zika para ajudar no reconhecimento da doença e aconselhamento adequado dos pacientes. O objetivo do presente relatório especial é para documentar os achados de imagem associados com infecção congênita vírus Zika como os encontrados em pacientes atendidos no Instituto de Pesquisa em Campina Grande Paraíba ( IPESQ ) no nordeste do Brasil.

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Para conhecer o relatório detalhado acesse o link abaixo:

http://pubs.rsna.org/doi/full/10.1148/radiol.2016161584

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