Hospitais estaduais Albert Schweitzer e Rocha Faria passarão para gestão municipal
O governador Luiz Fernando Pezão e o prefeito Eduardo Paes anunciaram nesta terça-feira (05/01) que os hospitais estaduais Rocha Faria, em Campo Grande, e Albert Schweitzer, em Realengo, passarão a ser administrados pela Prefeitura do Rio. Com a medida, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o Governo do Estado deve economizar cerca de R$ 500 milhões por ano, custo de operação das duas unidades. A transição já terá início nesta quinta-feira (07/01) no Albert Schweitzer, e no dia 11 no Rocha Faria.
O hospital Albert Schweitzer disponibiliza 484 leitos e realiza cerca de 10.500 atendimentos por mês de Urgência/Emergência em Clínica Médica, Cirurgia Geral, Ortopedia, Pediatria e Maternidade (UTI Adulto / Pediátrico / Neonatal). Em 2015, foi responsável por 16 mil internações. Já o hospital Rocha Faria conta com 300 leitos e faz cerca de 10 mil atendimentos por mês de Urgência/Emergência em Cirurgia Geral, Clínica Médica, Ortopedia, Pediatria e Maternidade (UTI Adulto / Neonatal). No ano passado realizou 7.800 internações.
O Secretário Executivo de Coordenação de Governo, Pedro Paulo, vai coordenar a transição das unidades a partir desta quarta-feira no Hospital Albert Schweitzer, que passa a ser municipal no dia seguinte. Durante o processo a população não ficará desassistida e o atendimento aos pacientes de urgência e emergência seguirá normal. A medida aumentará o investimento da Prefeitura do Rio em saúde de 21% para 25% de seu orçamento, chegando a cerca de R$ 5 bilhões por ano.
Amanhã, às 8h, no hospital Albert Schweitzer, Pedro Paulo realiza a primeira reunião com a comissão de transição. Segundo o secretário, os recursos não serão remanejados do orçamento da saúde do município, e sim fruto de superávit, de economia feita pelo município:- A prefeitura vai passar a cuidar da saúde de quem mais precisa. A saúde pública da Zona Oeste passa a ser de nossa inteira responsabilidade. É o maior passo na saúde pública que estamos dando nos últimos anos.
Com a municipalização dos dois hospitais estaduais, a Secretaria Municipal de Saúde terá o maior número de leitos hospitalares do país e será responsável por mais de 50 mil partos na cidade. Atualmente com 3.441 leitos, a rede passará a ter 4.173.
O governador Luiz Fernando Pezão esclareceu que os servidores estaduais continuarão sob a gestão do Estado, assim como as UPAs estaduais e o SAMU:
– A Zona Oeste é uma região que precisa ter a saúde cada vez mais forte. Nesse momento difícil de finanças, esse acordo nos desonera e nos permite focar em outras unidades também importantes, como os hospitais Getúlio Vargas e Carlos Chagas – disse Pezão.