Jessé Cardoso: “mais uma tragédia anunciada”
Zona Oeste do Municipio do Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 2025
A manhã desta segunda feira (27.01.25) registrou, mais uma vez, o estado precário da rede de distribuição de água da Cedae (Rio + Saneamento). A tubulação estourou na estrada do Campinho, em Campo Grande, pela quarta vez, causando perdas e danos aos moradores. O fato aconteceu outras tantas vezes no sub-bairro Mendanha (Carobinha) e Santíssimo, entre outros por onde passam a rede assassina de distribuição de água da Cedae (Rio+Saneamento).
Tragédia anunciada
Todavia, o que causa arrepios aos vizinhos da rede, é que isso pode acontecer a qualquer momento. A tubulação enferrujada e antiga, sem manutenção, vai continuar apavorando até que toda a rede seja substituída e/ou recuperada.
Arrepios maiores acontecem quando não se tem a quem recorrer para exigir um planejamento que respeite à vida alheia, os direitos humanos, que decida impedir definitivamente esses crimes, sim, porque a arma está municiada e apontada, a espera de um fenômeno natural que sorrateiramente, sem dizer onde nem quando, vai aperta o gatilho da morte e da destruição. Em um país sério os gestores do sistema seriam condenados.
Nesse cenário todos tem uma parcela de culpa: os moradores acreditam que não vai mais acontecer ou que acontecerá em outro trecho da rede, deixando de cobrar soluções das autoridades públicas; os políticos não respeitam à vida, a ordem, os direitos, e preferem planejar novos túneis e viadutos.
E as lideranças comunitárias?
Estas, se incumbem de justificar aos moradores e convencê-los de que um Mergulhão que signifique algum tempo a menos no trânsito é mais importante do que evitar uma tragédia anunciada que já ceifou vidas e destruiu sonhos…
Não podemos isentar as lideranças empresariais que tem sua parcela de responsabilidade social, pagam impostos, garantem empregos e deveriam “falar grosso” com as autoridades públicas em defesa dos seus consumidores.
Por: Jessé Cardoso