Pantera Africana: Marcelo Girard

Com a outra me sentia
Besouro no alfinete
Carvão na pilha
Caça na armadilha
Deserto que me avança.

Mas você
Acende a carne crua
Nudez que rebola a trança
Vestida parece nua
De salto fino descansa.

Doce língua estilete
Anestesia meu corpo
Virei chão do teu tapete
Ganhei vida sendo aborto.

 

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Postado em _Destaque, Colunistas