Parque São Luiz na Trindade Santa acende o sinal de alerta contra a dengue: casas fechadas e quintais baldios ameaçam

A Secretaria Municipal de Saúde no exercício da política de combate ao mosquito da Dengue, Zika e Chikungunya, tem dado atenção aos moradores dos bairros que compõem a “Trindade Santa”, localizados às margens da Avenida Cesário de Melo, em Campo Grande, no trecho entre o Cemitério e a Estação Ferroviária de Benjamim do Monte.

terreno baldio 901saude baldio

Os moradores do Parque São Luiz, primeiro bairro da “Trindade Santa”, que abriga ainda, São Jorge e Santo Antônio, além dos bairros Aurora e Diana, estão preocupados com a proliferação do mosquito transmissor do Vírus da Dengue. Após denunciarem alguns quintais baldios, possíveis criadores do Aedes Aegypti à central 1746, uma equipe da Secretaria Municipal de Saúde esteve no local fazendo campanha de conscientização e orientando a população, mas não tomou providências quanto às residências fechadas e quintais baldios. Segundo os moradores, uma casa fechada no número 635 da Rua Justiniano de Carvalho tem uma piscina nos fundos e o quintal cheio de lixo; em frente, outro quintal baldio precisa ser tratado.

saude casa fechadasaude renata

Um morador que não se identificou disse que ele e a esposa estão com o Vírus Zika. Ele mora em frente a um quintal baldio de número 901, na mesma rua. No seu próprio quintal tem pneus e vasos de plantas, porém, parecem estar cuidados. A moradora do terreno de numero 405, Tereza, disse ter sido visitada há algum tempo e orientada como fazer para evitar os criadouros e que vai providenciar a capina do quintal. A possibilidade de serem infectados apavora os moradores que esperam ações efetivas das autoridades de saúde do estado e do município. Nas ruas vizinhas Alvorada e Cordilheira, terrenos e residências fechadas colocam os moradores na mesma situação.

 

SOBRE DOENÇAS TRANSMITIDAS PELO AEDES AEGYpTI

O subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe, esclareceu dúvidas sobre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O subsecretário enfatizou que o combate aos focos do mosquito é a melhor forma de prevenção contra a dengue, o zika vírus e a febre chikungunya.

– Com 10 minutos por semana, é possível vistoriar uma residência, buscando os focos e eliminando os possíveis criadouros. O mosquito vive dentro de nossas casas. Por isso é indispensável garantir a saúde da nossa família e adotar os cuidados necessários – disse Chieppe.

Disse ainda, que as três enfermidades apresentam características clínicas marcantes, com alguns sintomas em comum. O vírus zika causa uma doença chamada febre da zika vírus, que tem como principal característica as manchas vermelhas (exantema), associada à febre baixa e dores pelo corpo. Já o vírus chikungunya apresenta sintomas como febre alta e fortes dores nas articulações. O grande complicador destes casos é que um percentual das pessoas infectadas pode desenvolver a forma crônica da doença, ou seja, apresentar dores nas articulações por até mais de um ano após a infecção. A dengue apresenta febre alta e de início imediato, sempre presente, com dores moderadas
pelo corpo.
Quanto ao diagnóstico das doenças ele disse que na maior parte dos casos, é clínico, ou seja, é feito com base nos sintomas relatados e observados por profissionais de saúde. “Ainda não existe no mundo uma plataforma laboratorial confiável, de amplo acesso e custo razoável, para a realização de exames específicos para detectar o zika vírus ou a febre chikungunya. Desta forma, a prioridade são os exames feitos por exclusão, utilizando-se o teste PCR, que detecta a dengue. Quando há dúvida quanto ao diagnóstico, a orientação é administrar o tratamento indicado para a dengue, já que, entre as três, ela apresenta maior taxa de mortalidade”, explicou, acrescentando que a infecção por mais de um vírus é rara, mas não é impossível. E finalizou: “A melhor forma de prevenção é o combate aos focos do mosquito. Conforme amplamente divulgado, o Aedes aegypti se reproduz em água parada, em locais que armazenam água, principalmente em ambientes domésticos. Com 10 minutos por semana, é possível vistoriar uma residência, buscando os focos e eliminando os possíveis criadouros.

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Postado em _Slider, Meio Ambiente