Pelo desenvolvimento da Zona Oeste
Fundada em 14 de fevereiro de 1968 por um grupo de empresários que tinha o sonho de organizar uma entidade que pudesse representar as suas aspirações, reivindicando e defendendo os direitos de uma classe. Hoje, a Associação Comercial e Empresarial da Região de Bangu (Acerb) exerce papel fundamental na região, com a total credibilidade de seus associados.
Sempre buscando o desenvolvimento da Zona Oeste, o presidente Wagner Ferreira esclareceu algumas questões relacionadas ao projeto de criação do Distrito Industrial de Bangu. O projeto de criação do DIB está em consonância com o desenvolvimento da cidade do Rio como um todo, e da Zona Oeste em particular. Segundo Wagner, o projeto nasceu de um estudo feito pelo Instituto de Economia da UFRJ coadjuvado pelas Associações Comercias de Bangu, Campo Grande, Realengo, Santa Cruz e o Distrito Industrial de Santa Cruz, que aponta que embora ainda haja uma predominância das atividades comerciais e de serviços, comparativamente com o Município do Rio a Zona Oeste é mais especializada em atividades industriais, tendo aumentado esta especialização entre 1998 e 2006. Segundo este estudo, já se percebe, hoje, na Zona Oeste a necessidade do adensamento da cadeia produtiva (setores ligados por relações de compra e venda) de metal-mecânica, por força da existência de um amplo conjunto de atividades, desde a produção de matéria prima (minério de ferro, cromo, níquel), o processamento de semi-acabados, laminados planos e longos, relaminados, trefilados e perfilados, até a fabricação de maquinas e equipamentos de artigos de metal para uso doméstico. Existe ainda na Zona Oeste um leque de setores demandantes de aço inox, tais como, os de alimentos e bebidas, químico e farmacêutico, editorial e gráfica.
Com o intuito de estimular o potencial da região, o vereador Marcelino D"Almeida (PSB) apresentou o Projeto de Lei nº 318/2013, que cria o Distrito Industrial de Bangu. O Poder Público Municipal fica autorizado a promover, quando necessário, a desapropriação das áreas localizadas no Distrito Industrial, amigável ou judicialmente, para cedê-los, como incentivo econômico e com destinação específica, às empresas que se estabelecerem ou ampliarem suas atividades, obedecida a legislação municipal vigente.
Há mais de 10 anos como presidente da ACERB, Wagner Ferreira e vice-presidente da Federação da Associação Comercial do Rio de Janeiro (FACERJ) afirmou que os moradores serão os principais beneficiados com o Distrito Industrial de Bangu. “A elevação do número de empregos na região, principalmente com a vantagem da proximidade residência-trabalho. Além da melhoria da infra estrutura, não só logística e viária como também a de serviços públicos. E, como conseqüência, o fortalecimento do comércio e serviços de toda a região, e o aumento da arrecadação de tributos”, revelou.
Existem hoje na Zona Oeste, os Distritos Industriais de Santa Cruz, Campo Grande, Paciência e Palmares que foram criados na década de 60 e já se encontram plenamente ocupados. De acordo com Wagner, foram criados especificamente para médias e grandes empresas e em uma realidade econômica bem diversa dos dias de hoje.
“Acredito que, por conta disso, há uma carência de espaço para o desenvolvimento das micro e pequenas indústrias do setor metal mecânico desenvolverem-se adequadamente de forma a gerar efeitos significativos sobre as demais industrias locais, seja na qualidade de fornecedora de equipamentos, seja como fornecedora de insumos”, disse.
Aliás, vale ressaltar que a Zona Oeste delimitada pelo estudo do IE/UFRJ engloba somente as quatro regiões administrativas compreendidas por Bangu, Campo Grande, Realengo e Santa
Cruz, que representam mais de 30% da área do Município do Rio de Janeiro, e detém uma população de mais de 1,5 milhão de pessoas cujo IDH ainda se encontra abaixo do aceitável.
Entre os projetos interligados ao Distrito Industrial de Bangu está a transformação da Base Aérea Militar de Santa Cruz em aeroporto comercial. Wagner acredita que a região de Bangu só tem a ganhar, já que a área de Itaguaí vai demandar muitos executivos. “O desenvolvimento da região está acontecendo e o compartilhamento do aeroporto vai de encontro às necessidades comerciais da região.”, disse. Além disso, a ACERB tem em vista também, a extensa do ramal ferroviário de Santa Cruz até Itaguaí e a utilização do ramal com fins turísticos. “Todos os projetos são buscando o desenvolvimento da região. Todo esforço da Associação Comercial é para deslocar o eixo de desenvolvimento da cidade, que está voltado para o Centro do Rio. Porém, para isso, depende da ação do poder publico”, finalizou Wagner
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