Plano Diretor da AP5-1 foi discutido em Bangu

A Câmara do Rio esteve em Bangu, nesta quarta-feira (10), em mais uma audiência pública territorial para discutir a proposta do novo Plano Diretor do município (Projeto de Lei Complementar no 44/2021) para esta região – AP5-1. Por meio da Comissão do Plano Diretor, o Legislativo tem ido a diversos bairros espalhados pela cidade, a fim de debater com os moradores e representantes da sociedade civil local as principais mudanças que estão sendo propostas.

O sub-relator da Comissão, vereador Jorge Felippe (União), destacou a importância da participação popular nestes espaços de debate. “Nós estamos aqui para discutir uma proposta que foi encaminhada aos vereadores. A população está participando, apresentando sugestões, e nós estamos colhendo essas informações para fazer as modificações necessárias no texto do Plano Diretor”, afirmou Jorge Felippe. Entretanto, representantes de alguns bairros entre Bangu, Padre Miguel, Senador Camará, Gericinó, Vila Kennedy, Jabour, Deodoro, Vila Militar, Campo dos Afonsos, Jardim Sulacap, Magalhães Bastos e Realengo, presentes ao evento, reclamaram que a maioria da população desses bairros não toma conhecimento do evento, só os cabos eleitorais que representam uma pequena parte da população de seus bairros. “Não existe um plano de mídia para divulgar o evento”, comentaram.

Melhorias no transporte, no saneamento básico, na arborização urbana e no desenvolvimento econômico da região foram alguns dos pontos discutidos. As enchentes, que atinge a Zona Oeste como um todo, também ganhou destaque.

Para tentar resolver os alagamentos, que são comuns em várias áreas da cidade, o Plano Diretor traz instrumentos para tratar a superfície mínima drenante. O gerente de Planejamento Local da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano (SMPU), Felipe Manhães, explicou que nos terrenos particulares, será estabelecido um limite mínimo de 20% do terreno livre para que sejam absorvidas as águas de chuva. Já nas áreas públicas, serão incentivadas a criação de jardins de chuva e canteiros drenantes, de faixa de serviço nas calçadas com piso permeável e de faixa drenante nas praças e estacionamentos.

“Essas medidas se aplicam de uma forma genérica em qualquer região, na nossa, os problemas são as galerias de água pluvial entupidas, sem manutenção, e os principais rios assoreados, sem canalização e desviados no seu curso, e uma simples canetada do prefeito resolveria, mas a população não tem voz na reunião para dizer isso, e seus “representantes” não tem liberdade para tocar no assunto”, lamentou um representante sem se identificar.

 

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Postado em _Slider, Meio Ambiente