Polícia Civil deflagrou operação Brisa

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Corregedoria Interna – COINPOL, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do MP-RJ,deflagrou a OPERAÇÃO BRISA na quinta-feira, dia 02 de junho, para cumprir mandados de busca e apreensão e medida cautelar de afastamento da função de três policiais de seu quadro pessoal, investigados pelo órgão correcional interno.

A Operação foi deflagrada em decorrência da investigação realizada ao longo de onze meses pela Corregedoria Interna da Polícia Civil em desfavor de Antônio Carlos Ireno Assumpção, José Henrique dos Santos Paixão e Mário Pepe Baptista da Rosa, lotados à época na 43ª Delegacia de Polícia.

Os policiais da Corregedoria descobriram, através do depoimento de testemunhas e da análise de conversas telefônicas interceptadas com autorização judicial, que os três agentes estavam envolvidos em um esquema ilícito de propina e de estelionato.

De acordo com a investigação, uma das vítimas teria pago R$ 1,5 mil, em dinheiro, para José Henrique para que deixasse de prendê-la em razão de uma ligação clandestina na rede de energia elétrica que teria feito. Outra vítima informou que fez alguns pagamentos a Ireno para que pudesse desenvolver sua atividade de terraplanagem na região.

Já com relação à Mario Pepe, os policiais descobriram que ele telefonou para a vítima se passando por coordenador da vigilância sanitária e exigiu a quantia de R$ 1,5 mil para que o estabelecimento comercial não fosse fiscalizado em uma operação conjunta que ele alegou que estava para ser deflagrada junto ao Procon. A autoria foi confirmada através de perícia criminal, tendo sido comparada a voz do suspeito com a voz do interlocutor na ligação interceptada pela Polícia Civil.

A Corregedoria Interna informou que Antônio Carlos foi indiciado pelos crimes de concussão e estelionato; José Henrique pelo delito de concussão e, Mário Pepe, estelionato. O inquérito policial foi concluído e encaminhado à Justiça, tendo o Ministério Público denunciado os autores. A Coinpol vai encaminhar um relatório à Corregedoria Geral Unificada (CGU) para a punição administrativa dos três servidores, que podem ser demitidos do cargo, além das penas correspondentes na esfera criminal pelos crimes praticados.

 

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