Prefeito anuncia investimento de R$ 40 milhões no Hospital de Realengo
Em visita ao Hospital Albert Schweitzer neste sábado (9/01), o prefeito Eduardo Paes anunciou um investimento de R$40 milhões na unidade de Realengo. O hospital passou à gestão municipal na última quinta-feira (7/01). A quantia, que será distribuída ao longo dos próximos 12 meses, será destinada a melhorias estruturais, com reforma de alguns setores, como a ortopedia, enfermaria, emergência e refeitório, e climatização.
Assim que assumiu a gestão da unidade, a Prefeitura do Rio iniciou uma uma série de melhorias na hospital e nas ruas do entorno, com o objetivo de humanizar o atendimento a pacientes e visitantes, e melhorar as condições de trabalho dos funcionários. Entre as intervenções estão a retirada das grades externa e interna, serviços de recapeamento asfáltico, e poda de árvores.
Paes explicou que os investimentos para melhorar o atendimento no Albert Schweitzer não vão prejudicar outros serviços prestados pela prefeitura:
– Nosso esforço é não deixar os moradores sem atendimento hospitalar em razão da crise que o estado está vivendo. Acredito que a simples absorção desse hospital pela rede municipal, integrando-o com o Hospital Pedro II e, a partir da próxima semana, com o Rocha Faria, possibilitará um atendimento muito melhor à população da Zona Oeste, que representa quase metade da cidade.
Segundo o secretário executivo de Coordenação de Governo, Pedro Paulo, as obras na unidade começam nos próximos dias:
– Humanizar o serviço prestado à população é o nosso maior objetivo. As ruas não podem ser escuras, sem lugar para estacionar; um prédio desativado, ao lado da unidade, será implodido para dar lugar a um estacionamento. A partir de quarta-feira, ampliaremos ainda o horário de visitação, para que os familiares de cada paciente possam ficar o dia inteiro, das 11h às 20h, Ou seja, melhorar o ambiente como um todo é fundamental para que possamos oferecer um atendimento livre, humano e acolhedor.
O hospital realiza aproximadamente 10.500 atendimentos por mês de Urgência/Emergência em Clínica Médica, Cirurgia Geral, Ortopedia, Pediatria e Maternidade. Já o Rocha Faria, cuja municipalização ocorre na próxima segunda-feira (11/01) realiza cerca de 10 mil atendimentos por mês, também em Urgência/Emergência em Clínica Médica, Cirurgia Geral, Ortopedia, Pediatria e Maternidade. Com a municipalização das duas unidades da Zona Oeste, o investimento em saúde no Rio de Janeiro se aproximará dos R$ 5 bilhões, passando de 21% para 25% do orçamento.
Ao assumir o Albert Schweitzer e o Rocha Faria, ambos com maternidades, a prefeitura passará a ser responsável por quase todos os atendimentos de pré-natal na rede pública do município, que já é oferecido em grande escala na rede de Clínicas da Família. Atualmente, cerca de 77% dos nascimentos da população que procura a rede pública da cidade é de responsabilidade da prefeitura.
Na última sexta-feira (8/01), foi publicado no Diário Oficial do Município decreto (http://www.rio.rj.gov.br/web/guest/exibeconteudo?id=5844271) que autorizou a municipalização das duas unidades, dando prazo máximo de 90 dias para a finalização de todos os processos de transição. O documento destacou que todos os órgãos e entidades do município devem dar prioridade às demandas que envolvam a municipalização, com a definição de grupos setoriais, e determinou à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) a definição do grupo de profissionais que permanecerá nas unidades para esclarecer dúvidas e orientar o processo de transição.
O decreto determinou também o início imediato do censo diário hospitalar e a inserção de todos os leitos no Sistema Nacional de Regulação (SISREG) e no Núcleo de Regulação – NR, que deverão apresentar atualização constante com as informações de cada paciente internado, bem como o número da Autorização de Internação Hospitalar – AIH. Até o final do período de transição, a SMS deverá implementar registros eletrônicos, clínicos e informatizar os processos das unidades, utilizando como identificador único o CPF e o cartão SUS dos pacientes.
A Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos será responsável por verificar todo o entorno das duas unidades e realizar as adequações necessárias. O trabalho conta com a participação de 65 profissionais. Entre os principais serviços já executados estão a fresagem da Rua Nilópolis (até agora foi atendido um trecho de 2,5km, com previsão de recapeamento de 4 km no total), remoção de 94 toneladas de bens inservíveis ou entulho de dentro do hospital, varrição, poda de 20 árvores, remoção de 50 metros de grades, instalação de dois projetores na fachada do prédio e revisão geral do parque de iluminação pública no entorno da unidade hospitalar.