Prevenção contra Leishmaniose Visceral
O Brasil enfrenta o desafio de conter o avanço de uma zoonose de grande importância para a saúde pública – a Leishmaniose Visceral (LV). Causada por um protozoário ela é transmitida ao cão e ao homem pela picada de um mosquito, a LV é fatal para os cães (o Ministério da Saúde recomenda a eutanásia dos cães infectados) e no homem pode causar uma série de alterações nos rins, fígado, baço e medula óssea.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença registra anualmente 500 mil novos casos humanos no mundo com 59 mil óbitos. Na América Latina, ela já foi detectada em 12 países e, destes, cerca de 90% dos casos ocorrem no Brasil, onde, em média, 3.800 pessoas são infectadas e mais de 230 morrem anualmente. Algumas regiões são consideradas endêmicas pelo Ministério da Saúde, por isso, se você vive nessas áreas ou viaja com o seu cão para uma destas regiões procure antes a orientação de um Médico Veterinário.
Com vistas à prevenção, os Médicos Veterinários devem orientar os donos de cães a utilizarem medidas que diminuam o risco de infecção do cão, como, por exemplo, o uso da coleira impregnada de Deltametrina a 4%, recomendada pela OMS como forma de controle da doença, o uso de inseticidas tópicos, como, por exemplo, a Permetrina a 65% e vacinar.
Atitudes simples – como a limpeza de quintais com a remoção de fezes e restos de folhas e frutos em decomposição, por exemplo – ajudam a combater a doença, uma vez que o mosquito que a transmite ao cão e ao homem coloca os ovos em locais ricos em matéria orgânica.
Se o seu cão apresentar apatia, emagrecimento, mucosas pálidas, lesões na pele (feridas) que não cicatrizam ou aumento exagerado do tamanho das unhas procure a orientação de um Médico Veterinário.
A prevenção é a principal arma que temos para combater o avanço da Leishmaniose.
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