Reflorestamento do Morro Luis Barata na “Trindade Santa” depende também da população
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente informou que dos 4 projetos de reflorestamento que desenvolve na região da Serra do Cantagalo – Morro Luiz do Barata-, na “Trindade Santa”, região que abriga os bairros Parque São Luiz, Jardim Santo Antônio, Diana, Aurora e Parque São Jorge, em Campo Grande, dois foram paralisados. Segundo a assessoria de imprensa, o Programa Mutirão Reflorestamento passou por restrições orçamentárias, obrigando o corpo técnico a realizar uma classificação de prioridade das suas frentes de trabalho para fins de suspensão temporária.
Dentre os diversos critérios considerados, assumem um peso significativo os fatores externos que afetam diretamente a qualidade e a produtividade do trabalho. Os projetos em questão receberam a qualificação de alto risco e baixa produtividade que representa baixa probabilidade de alcançar os objetivos.
“Já se registra de longa data um histórico de queimadas que a cada ocorrência anulam todos os esforços aplicados nestas áreas, traduzindo-se diretamente em prejuízos aos cofres públicos. Essas queimadas não são naturais (como 99% delas), mas provocadas por moradores da região e de forma premeditada, por motivos que precisam ser investigados mais profundamente. É possível que estejam associadas à outra atividade igualmente danosa ao meio ambiente, e bastante comum na região, que são as criações irregulares de gado nas encostas. Procedimento totalmente incompatível com projetos de reflorestamento.
Outro fator que afeta a condução correta destes projetos é a baixa qualificação da mão-de-obra, cuja o desempenho e produtividade estão muito aquém do mínimo esperado”, esclareceu Daniela Araújo que concluiu dizendo que estas paralisações tem caráter temporário, aguardando o retorno dos recursos financeiros em momento oportuno a ser definido pelos gestores financeiros da Prefeitura, que só retomará os projetos onde houver uma mudança de comportamento das comunidades locais que terá que cumprir com a sua parte.
Face ao exposto, as associações de moradores da Trindade Santa deverão se organizar para discutir a questão com a Secretaria e assumir responsabilidades com o resultado.