No evento desta quinta-feira, mulheres atendidas em unidades de saúde da região de Bangu e Realengo tiveram acesso a diversas atividades, como pilates para gestantes, oficina de sling, ultrassonografia natural, além tirar dúvidas com profissionais de saúde e trocar experiências.
– Eu não tenho vergonha de amamentar, eu sinto prazer, estou transmitindo a vida. O aleitamento é saúde, pois leite materno previne muitas doenças, além de ser importante para criar um vínculo com o bebê. Eu gosto de ficar olhando para minha filha, vejo ela ficando corada – relata Roseli.
Outra participante do evento, a gestante Carina de Almeida, que já é mãe de duas meninas, falou da sua mudança de perspectiva em relação à amamentação:
– Eu tenho duas filhas. Da primeira vez, eu não insisti, erro meu, optei pelo caminho mais fácil. Já na segunda, foi totalmente o contrário, ela mamou até os 2 anos. E notei muita diferença, principalmente em relação à imunidade da minha bebê. A gente escuta muito que nosso leite é fraco, que tem que complementar com alguma coisa, mas o leite é forte sim, e é o suficiente para o seu bebê.
A fonoaudióloga Bruna Accioly, profissional do Núcleo Ampliado à Saúde da Família (NASF) da região, explica que toda mãe pode amamentar:
– Às vezes a mulher acha que não produz leite suficiente, mas o que ocorre, nesses casos, é que essa mãe não recebeu orientação de forma adequada e acabou se valendo de um outro artifício para suprir essa dificuldade.
Bruna reforça que o leite materno é o alimento mais completo que existe.
– Ele é uma fonte de proteção, com todas as proteínas, vitaminas e nutrientes que a criança precisa. A amamentação também é um benefício para mãe, favorecendo o retorno do seu peso e redução do volume do útero pós-parto. Além disso, é importante para o desenvolvimento oral do bebê e do vínculo afetivo – informa a fonoaudióloga.
Para as mulheres que enfrentam dificuldades na amamentação, as clínicas da família e centros municipais de saúde e também as maternidades oferecem atividades em que os profissionais ensinam técnicas e estratégias para tornar esse momento mais prazeroso e eficaz para as mães.
Banco de leite – Já para as mulheres que realmente não podem amamentar seus filhos, por alguma razão, a rede pública conta com bancos de leite nas maternidades municipais. O alimento é doado por mães cadastradas e passa por todo um processo de controle de qualidade até ser distribuído. Os bancos também são fundamentais para atender recém-nascidos prematuros, como os internados em CTI neonatal.
Mulheres que produzem uma quantidade de leite excedente podem ser doadoras. Basta ser saudável e não tomar nenhum remédio que prejudique o aleitamento. Os bancos também aceitam doação de potes de vidro com tampa plástica, para acondicionamento do leite. Para encontrar onde doar e o banco de leite mais próximo do seu bairro, acesse https://bit.ly/bancoleiteSMS-Rio.