Usina Fotovoltaica em Paciência anda de lado

Zona Oeste do Município do Rio de Janeiro, 06 de fevereiro de 2025
A CCPAR – Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos, empresa da Prefeitura do Rio de Janeiro, assinou contrato de Parceria Público Privada para desenvolver o Projeto Solário Carioca, construção de uma Usina Fotovoltaica na área do extinto Aterro Sanitário de Paciência. O consórcio responsável pelo projeto é o Rio Solar, formado pelas empresas GNPW Group e a V-Power Energia.
A futura fazenda de energia solar será instalada no terreno do antigo aterro sanitário da Zona Oeste, atualmente desativado, e fornecerá eletricidade para imóveis públicos. A economia anual para o município será de, pelo menos, R$ 2 milhões ao ano, e chegará a R$ 62 milhões ao longo dos 25 anos da concessão. A estimativa é que a energia gerada abasteça aproximadamente 45 escolas municipais ou 15 Unidades de Pronto Atendimento (UPA). A iniciativa prevê a criação de 1.670 empregos durante a fase de implementação. O consórcio responsável pelo projeto é o Rio Solar, formado pelas empresas GNPW Group e a V-Power Energia. O investimento privado será de R$ 45 milhões em um período de 25 anos.
A Usina Solar Fotovoltaica (USF) funcionará no modelo de Minigeração Distribuída de energia limpa e terá potência de 5 megawatts (MW). Serão mais de 11 mil painéis que devem ser instalados em 9 meses após assinatura do contrato, 11,4 mil metros quadrados de área do antigo aterro. A Prefeitura do Rio mapeou cinco outras áreas para implantação de mais usinas fotovoltaicas desse tipo na cidade.
O diretor de estruturação de projetos da Companhia Carioca de Parcerias e investimentos (CCPar), Lucas Costa, destaca que o projeto é um novo marco na transição energética da cidade.
“Esse projeto oferece benefícios múltiplos para o município. Promove a produção e o uso de energia limpa e renovável pela Prefeitura. Além disso, oferece uma redução significativa de custos, permitindo que esses recursos economizados sejam redirecionados para outras políticas públicas. E, por fim, transforma um antigo aterro sanitário em um ativo sustentável, dando utilidade a um terreno que antes estava subutilizado”
O projeto, previsto no Plano de Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática (PDS) e no Plano Estratégico 2021-2024, contou com a coordenação do Escritório de Planejamento da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento, em parceria com o grupo C40 Cities e a agência alemã GIZ pelo programa CFF – Cities Finance Facility, e foi implementado pela CCPar. A expectativa é retirar pelo menos 40 mil toneladas de carbono por ano da atmosfera com a implantação do Solário Carioca.
Desconfiança
A sociedade da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro – Campo Grande, Bangu, Realengo e Santa Cruz – mostra preocupação com o andamento do projeto que desde a assinatura do contrato, em setembro de 2024, não tem fatos novos e parece estar com dificuldades de desenvolvimento. As empresas GNPW Group e a V-Power Energia, formadoras do consórcio, foram procuradas para falar sobre o assunto e não responderam. O diretor de estruturação de projetos da Companhia Carioca de Parcerias e investimentos (CCPar), Lucas Costa, foi procurado e também não respondeu. A assessoria de imprensa da prefeitura respondeu que o projeto encontra-se em processo de licenciamento junto aos órgãos municipais competentes e não explicou os prazos previstos em contrato.
O temor da sociedade local é que todos os benefícios elencados se percam, e lembram do Projeto Planetário de Santa Cruz, implantado desordenadamente na Cidade das Crianças, que por falta de fiscalização do poder concernente, virou um caso de corrupção e acabou em pouco meses, dando prejuízo ao erário público e frustrando os usuários.
Por: Jessé Cardoso/Ass. imprensa
Desde 5 de setembro de 2024, data da assinatura do contrato,
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