Vereador Zico propõe a criação da Zona Leste na cidade
O Vereador Zico apresentou projeto de lei que cria a área geográfica da Zona Leste, compreendida pela junção das regiões administrativas XVI, XXIV, e XXXIII e seus respectivos bairros, situados na Àrea de Planejamento 4, que pertenciam a área geográfica da Zona Oeste.
A nova área geográfica da Zona Oeste da Cidade, passará a abranger apenas os bairros das Regiões Administrativas XVII, XXXIII, XIX, XXVI E XVIII, que ora compõem a Área de Planejamento 5 denominados de Bangu, Deodoro, Campo dos Afonsos, Gericinó, Jardim Sulacap, Magalhães Bastos, Padre Miguel, Realengo, Santíssimo, Senador Camará, Vila Militar, Barra de Guaratiba, Campo Grande, Cosmos, Guaratiba, Inhoaíba, Paciência, Pedra de Guaratiba, Santa Cruz, Senador Augusto de Vasconcelos e Sepetiba.A Zona Leste se originará a partir da divisão das Áreas de Planejamento 4 e 5, que compõem a atual região da Zona Oeste da Cidade e será composta pelos bairros Anil, Barra da Tijuca, Camorim, Cidade de Deus, Curicica, Freguesia de Jacarepaguá, Gardênia Azul, Grumari, Itanhangá, Jacarepaguá, Joá, Praça Seca, Pechincha, Recreio dos Bandeirantes, Tanque, Taquara, Vargem Grande, Vargem Pequena e Vila Valqueire.
Segundo o vereador Zico, a AP4 engloba a área da Cidade do Rio de Janeiro que, segundo dados do IBGE, vem apresentando maior índice de crescimento populacional decorrente, principalmente, do alto fluxo de mudanças das famílias oriundas da Zona Sul da Cidade do Rio de Janeiro que procuram a região devido à alta oferta de moradias de qualidade, com custo de vida mais barato e, ainda sim, com localização e estrutura privilegiadas. E mais, outro fator que vem influenciando no aumento populacional da Área de Planejamento 4 decorre dos inúmeros investimentos que a Prefeitura do Rio vem realizando na região devido aos Jogos Olímpicos de 2016, que serão promovidos na Cidade. Tais investimentos de infraestrutura, principalmente na mobilidade do cidadão carioca, estão sendo o fator mister para facilitar essa nova organização populacional, visto que a construção de vias expressas, como a Transolímpica e a Transoeste, está promovendo uma maior integração da região da Barra da Tijuca, Jacarepaguá e seus bairros adjacentes ao restante da cidade, mas em destaque à Zona Norte e aos bairros de Campo Grande e Santa Cruz que, por mais que estejam localizados na mesma área geográfica que os bairros citados, a Zona Oeste, ficam extremamente distantes.
A Área de Planejamento 5, por sua vez, atualmente é a segunda AP mais populosa da cidade, com mais de 1,5 milhão de habitantes, equivalendo a quase 27% da população do Município do Rio de Janeiro, conforme dados do IBGE. A atual região da Zona Oeste é composta por 40 bairros, sendo 19 integrantes da AP4 (Anil, Barra da Tijuca, Camorim, Cidade de Deus, Curicica, Freguesia de Jacarepaguá, Gardênia Azul, Grumari, Itanhangá, Jacarepaguá, Joá, Praça Seca, Pechincha, Recreio dos Bandeirantes, Tanque, Taquara, Vargem Grande, Vargem Pequena e Vila Valqueire) e 21 bairros da AP5 (Bangu, Deodoro, Campo dos Afonsos, Gericinó, Jardim Sulacap, Magalhães Bastos, Padre Miguel, Realengo, Santíssimo, Senador Camará, Vila Militar, Barra de Guaratiba, Campo Grande, Cosmos, Guaratiba, Inhoaíba, Paciência, Pedra de Guaratiba, Santa Cruz, Senador Vasconcelos e Sepetiba).
Por se tratar da segunda maior área geográfica da cidade do Rio de Janeiro, existe uma grande confusão, principalmente para a população, no que diz respeito às ações públicas realizadas pela Administração na região, que destina os investimentos à Zona Oeste, mas não especificam que os mesmos são encaminhados, por exemplo, para os bairros da Baixada de Jacarepaguá, seja pelo potencial turístico, seja pelo evento das Olimpíadas de 2016, ou para os bairros localizados no extremo da região como Campo Grande e Santa Cruz, devido seu forte setor industrial.
A presente proposta de criação da Zona Leste tem o mérito de deixar claro a que área a Prefeitura se refere quando fala em “investimentos na Zona Oeste”. As melhoras nos bairros da Baixada de Jacarepaguá, muito bem-vindas, por sinal, não resolvem as carências históricas dos moradores dos 21 bairros da AP5, que convivem com graves problemas de infraestrutura, necessitando, por isso, de uma atenção específica. Os números hoje apresentados camuflam esse problema, fazendo crer que um enorme volume de recursos lá está sendo investido, quando, na verdade, a quase totalidade do investimento está sendo canalizada para os 19 bairros da AP4.
Com a nova denominação, isso não mais ocorrerá, pois o cidadão e seus representantes poderão ver com clareza para onde estão indo os recursos e quanto a Prefeitura está, de fato, investindo nesses 21 bairros que, infelizmente, ganham com folga a “Olimpíada das Necessidades”, aí compreendidas saúde, segurança, saneamento básico, iluminação e educação.
Para a própria Prefeitura essa mudança será extremamente útil, por permitir uma visualização clara das necessidades de investimentos, facilitando sua programação estratégica de recursos, ou seja, ganha a população e a Administração da nossa cidade.
Cabe ressaltar que, tanto os bairros da AP4 como os bairros da AP5, possuem cada um, respectivamente, alto potencial econômico, graças ao forte setor farmacêutico instalado na região de Jacarepaguá e ao maior polo industrial da cidade do Rio de Janeiro localizado nos bairros de Santa Cruz, Campo Grande, Realengo e Bangu, arrecadando, dessa forma, a maior quantidade de valores fiscais da região geográfica e de todo o município.
Dessa forma, com a criação da nova área geográfica da Zona Leste, os bairros que a integrarão poderão ter investimentos mais delimitados em sua destinação final, além de melhor organização de infraestrutura, como transporte público, segurança e apoio de outros órgãos públicos, que conseguirão delimitar melhor suas áreas de atuação para uma prestação de serviços mais eficiente à população, a qual também não sofrerá mais com a confusão gerada frente a dimensão e extensão da área em que moram, podendo cobrar mais atenção de seus representantes que apenas se lembram de uma região ou outra e de seus habitantes somente para fins de interesses políticos e eleitoreiros.
Portanto, nada mais justo do que os recursos arrecadados nesses bairros retornarem na forma de novos e imprescindíveis investimentos. E o primeiro passo é a adoção dessa nova nomenclatura, finalizou Zico.